sexta-feira, 7 de maio de 2021

Hannah Arendt, Uma Aula Magna – Eduardo Wotzik (Rio de Janeiro) – Transmitido em 01/05/2021

 

       Um monólogo, uma pensadora genial, uma das mais influentes escritoras de Teoria Política do século XX, Hannah Arendt (saiba mais).

Foi a segunda vez que estive diante dela, a primeira no ensaio aberto, em novembro de 2019, no Teatro Brasília Shopping.  Foi um ensaio muito interessante, que deu mostras da potência que seria o espetáculo do premiado ator, diretor e dramaturgo Eduardo Wotzik (saiba mais). 

A obra estava prestes a estrear em 2020, mas no meio do caminho tinha uma pandemia e a Arte precisava se reinventar. E aqui estamos, em 2021, vendo nossa musa na tela de um computador, com a esperança de poder revê-la novamente em breve em um palco.

Com seu humor peculiar, Hannah chama atenção deste mundo cínico contando algumas histórias que a primeira vista parecem simples, mas são profundas, sobre este mesmo mundo de pessoas de pequenas éticas e etiquetas, onde homens simples e comuns são capazes de cometer as maiores barbáries.

Como é bom poder ouvi-la, nos fazendo refletir e pensar, principalmente educando, em uma aula, em meio a algumas quebras da parede virtual, a exercitarmos o tão importante pensamento crítico, o que nos distingue dos demais animais.

Em sua luta eterna contra a banalidade do mal, surge a esperança em cada nascimento. Um novo ciclo. E aqui estamos, renovando o mundo, evoluindo na diversidade e na adversidade, nos adaptando a este mundo, como a Arte também vai se adaptando.

E assim como ela chega, ela se vai, mas permanecendo dentro de nós, seres humanos, seres políticos, semeando o pensar, o pertencimento, a educação e a cidadania, que saímos da aula maiores do que entramos.

    
   Do ensaio aberto ao virtual, "Hannah Arendt, uma Aula Magna" foi mais uma vez uma experiência enriquecedora, é sempre muito bom ver este grande artista em cena. 

Ficha técnica: clique aqui

Fotos: Divulgação 

Instagram: @wotzik


Vivemos tempos sombrios, onde as piores pessoas perderam o medo e as melhores perderam a esperança.” (Hannah Arendt)



Viva a Arte!

Viva a Diversidade!

Viva o Estado Laico!


Agora


Agora somos todos quase iguais

Reduzidos a olhos sem rosto

Sorrindo ou chorando apenas com o olhar

Que mais que antes precisam se fitar


Agora o vento não bate mais em todo rosto

Há saudades do que parecia não ter valor

O simples virou luxo

E o luxo ficou obsoleto


Agora não há novo normal

Há uma realidade

E um novo mundo implora para nascer

Daquele que está morrendo


Rodrigo Ferret  - 29/07/2020

2 comentários:

  1. Rodrigo, suas reflexões são muito boas.

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  2. Combinei com a Adriana de prestigiar a "Quarta do Jazz" que acontece no Gentil Café e estou ansiosa.

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