Em
tempos de quarentena por causa do Covid-19, pandemia mundial, vou escrever um
texto por semana sobre companhias teatrais e artistas da nossa Capital. A estreia
será com a Cia Teatral Néia e Nando, que foi o último grupo que assisti
antes do confinamento e, por coincidência, o primeiro que assisti quando
cheguei em Brasília.
Sempre
prezei pela formação cultural das minhas filhas, a Nicolle (12 anos), que
chegou aqui em Brasília com quase 3 anos e a Cecille que se aproxima dos seus 3
aninhos. Na
minha chegada a Brasília em 2011, levava a Nick no Teatro do Brasília Shopping ou
no Teatro da Escola Parque 308 sul ao menos uma vez a cada mês. Hoje, em 2020,
levo as duas com a mesma satisfação de poder contribuir com a formação de
plateia de alguma forma.
A
Cia Teatral Néia e Nando que hoje tem um repertório de mais de 230 peças
e por onde passaram quase 5.000 alunos, começou pequena, com a chegada de Alcinéia
Paz e Armando
Villardo há quase 21 anos em Brasília, em abril de 1999. Começaram fazendo
festas infantis, mergulharam no teatro, recuperaram com a ajuda da direção o Teatro
da Escola Parque, sua casa. Hoje, o grupo possui projetos consolidados em diversos
nichos culturais, como peças adultas, mostras de dança e apresentações de
clássicos que são temas de vestibular, sendo o carro chefe o teatro infantil,
cujas peças são apresentadas semanalmente no Teatro da Escola Parque 308 sul e no
Teatro do Brasília Shopping, sendo sucesso de público. De seu quadro saíram diversos profissionais
das artes cênicas, que foram mostrar sua arte nos palcos da capital, do Brasil
e do Mundo. São diversas gerações de público e alunos da Companhia.
Destaque
para a resistência, profissionalismo, energia, amor pelo Teatro, qualidade e
perseverança que forjaram a marca e movimentam a cena teatral em Brasília, cativando
o público, educando pela arte, gerando emprego e renda ao mercado cultural e
fazendo ações beneficentes lindas e importantes, como dispor de ingressos gratuitos para
orfanatos e creches, além de realizar peças para escolas públicas.
Me
recordo de peças memoráveis que assisti como “O Pequeno Príncipe”, “Frozen” e “Monster
High”, montagens que tocam o artista dentro de cada um e plantam uma semente na
memória afetiva das crianças.
Antes
da pandemia, a última peça que assistimos foi Procurando Nemo, uma peça que
consegue situar as crianças dentro da história, lá no fundo do mar, com
soluções cênicas interessantes tanto na questão do cenário, quanto do figurino,
trilha sonora e, principalmente, trabalho corporal, fazendo o público, principalmente infantil, a reviver o
filme ao vivo e ter a chance de sonhar e se emocionar.
“Tu te tornas eternamente responsável por
aquilo que cativas.”
Entrevista: link
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