quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Uma Criatura Dócil – Osdramátikos (Brasília/DF) – Sesc Garagem/DF – Em cartaz nos dias 26 e 28/10/2021 (Presencial)

 

Uma volta em grande estilo. Público. Música. Celebração. Uma noite emocionante e especial, nesta retomada do Sesc Garagem, palco tão importante da nossa Capital, às apresentações presenciais.



Após um longo inverno, aqui estamos novamente, na Rússia do século XIX, de frente para Fiodor Dostoiévski, em um doce privilégio de ouvir a leitura de um importante texto do realismo fantástico, parte de sua grande obra. Um texto de 1876, que parece nos mostrar que os russos disseram tudo contando suas aldeias, como disse Tolstoi, e o que não disseram diretamente, estão nas entrelinhas e até mesmo no silêncio.


O texto, baseado em uma notícia lida pelo autor no jornal, foi muito bem-adaptado por Claudine Duarte em três atos. A obra foi considerada uma das mais vigorosas novela de desespero da literatura mundial. Trata da narrativa de um pobre diabo, dono de uma loja de penhores com um histórico decadente, nos contando sobre a sua relação com a jovem esposa que jaz a nossa frente (saiba mais).


Embora seja uma leitura dramática, a apresentação traz todo clima do teatro russo, capitaneado por Stanislavski, que tanto montou Dostoiévski. A narrativa realizada por três grandes atores trouxe uma dinâmica especial, trazendo as múltiplas personalidades do nosso narrador. Abaetê Queiroz, André Araújo e Léo Gomes nos brindam com suas interpretações e talento, que trazem toda a polifonia e paradoxo necessários, para contar uma história complexa deste homem comum, tendo como pano de fundo o espírito frente à tragédia do silêncio.


Além do texto e das interpretações, o cenário, o figurino, a trilha sonora, a forma diferente, doce e carinhosa de acomodar a plateia, tudo isto, trouxe brilho para esta noite mágica, reafirmando a Arte Maior, o Teatro, onde os artistas se encontram mais próximo do público, ao vivo, sem telas.

Com “Uma Criatura Dócil”, Osdramátikos retomam as apresentações presenciais das leituras dramáticas, foco do coletivo que se apresenta há cerca de 6 anos e que durante a pandemia realizou as leituras dramáticas de forma on line.

Por fim, como sugestão à montagem, deixaria os notebooks e a sua operação na cabine de som/iluminação.

Os homens estão sozinhos na terra, rodeados de silêncio – isso é a terra!”

A pandemia não acabou, mas a Arte segue viva, pulsante, apesar de todas as perseguições que vem sofrendo, graças aos Artistas e profissionais da Cultura, que são gigantes, e ao público, que mais do que nunca, precisa lutar e exigir que o Teatro continue a existir. Bom lembrar que nesta noite mágica, o negacionismo não teve vez, sendo conferido na entrada, se cada pessoa completou sua vacinação.

Viva o Teatro!!!


Ingressos: compre aqui


Ficha técnica e processo criativo contado pela escritora Claudine Duarte: clique aqui

Página do espetáculo: clique aqui

Fotos: Mari Mattos


Agradecimentos:

Sesc Garagem, Coletivo Maria Cobogó e Supermercado Big Box.

Guilherme Angelim e Dani Vasconcelos (Guinada Produções)

Samuel Ramos (Sesc)

domingo, 3 de outubro de 2021

Depois do Silêncio (Arteviva Produções Artísticas/DF) - Movimento Internacional de Dança 2021 – CCBB/DF – Dia 21/09/2021

 

Depois do Silêncio funde dança e teatro, som e silêncio, afeto e conflito, gesto e fala, simplicidade e complexidade, luz e escuridão; bilíngue, não só no se expressar em libras e português, mas pelas fusões, tocando em temas urgentes como inclusão, acessibilidade e respeito.

O espetáculo é fruto de uma pesquisa intensa dos diretores e atrizes sobre a vida da escritora e filósofa Hellen Keller (saiba mais), surda e cega, que transformou sua vida após o encontro com a professora Anne Sullivan, há cerca de 100 anos, que a ensinou a se comunicar por meio do tato.

De grande força cênica, Depois do Silêncio se destaca pela tradução dos sentimentos em movimentos corporais, de imensa beleza plástica, na qual o corpo desenha a cena, como uma tela, trazendo emoções e sensações ao público. A trilha sonora aparentemente perturbadora para os ouvintes, mostra como os não ouvintes sentem o som, a vibração, a marcação, tudo é aproveitado na dança, que se completa com as formas visuais ao fundo, em um grande mergulho no mundo silencioso, mas muito sensorial.

Naira Carneiro impressiona com a consciência corporal ao interpretar a jovem surda e cega, desde o seu nascimento, mergulhando e levando o público junto na jornada. Camila Guerra traz todo seu talento e força do seu teatro, para interpretar a professora que aceita o maior desafio da sua vida, mostrando que além de excelente atriz, com uma carreira sólida, também se destaca na arte de dançar, fazendo um dueto belo e emocionante com Naira, duas mulheres fortes como as personagens. A participação da atriz Renata Rezende, surda, contribui muito para a formação do espetáculo com a sua vivência para a elaboração do espetáculo e seu carisma com o público, além de traduzir o espetáculo em libras, mostrando, também, toda sua força e talento.

A direção e pesquisa de Eliana Carneiro e Rogero Torquato são muito cuidadosas e bem trabalhadas, dando protagonismo aos corpos cênicos, que dançam e emocionam o público nessa viagem pela comunicação que parecia impossível aos mais céticos.

Impossível não fazer um paralelo da bela e inspiradora história encenada e dançada de forma tão rica e linda na nossa frente com o retrocesso inspirado nos últimos tempos, que teve seu ápice de estupidez, ignorância, perversidade e covardia com a fala de quem está ocupando o cargo de Ministro da Educação, em uma entrevista para um canal estatal, prestando o desserviço de dizer que há crianças com grau de deficiência que é impossível a convivência (veja aqui). Fala acompanhada de políticas públicas segregacionistas (veja aqui). Ainda bem que a professora Anne Sullivan, mesmo há 100 anos atrás, já estava à frente de pessoas assim e possibilitou sua aluna se tornar uma ativista mundial pelos direitos das pessoas com deficiência, exemplo de respeito, superação e desafio.

A pandemia não acabou, mas a Arte segue viva e pulsando, expandindo, que Depois do Silêncio ganhe os palcos em festivais e apresentações, mostrando essa linda história de inclusão, contada de forma poética, visceral e mágica, emocionando o público por onde passar.


Trailerclique aqui

         Fotos: divulgação

         Instagram do movimento: clique aqui

Ficha técnica do festival e programação completa: MID

Agradecimento: Max Lage



sábado, 11 de setembro de 2021

O Homem na Prancha (Edson Beserra/DF) - Movimento Internacional de Dança 2021 - CCBB/DF - 11 e 12/09/2021


Solo de Edson Bezerra, o Homem na Prancha, é um espetáculo de dança inspirado na dramaturgia do francês Guy de Maupassant e no principal quadro do pintor inglês William Turner, em uma verdadeira confluência de artes, uma fusão de dança, literatura, artes plásticas e música, alusão a uma outra mistura, o vento, o mar, o fogo, o sobrenatural, o transe, o caos, os estados mentais e do corpo. Elementos naturais, sobrenaturais e humanos, apresentados em diversas e entrelaçadas camadas ao longo da dança.


Em um cenário sombrio, fantasmagórico, luz e sombra, o bailarino, homem do mar, em águas profundas e longínquas, concretiza sua arte, de forma bela, leve e física, revisitando a ancestralidade das matrizes afro, em um mergulho no invisível e no desconhecido.


A obra inspiradora de Turner, Navio Negreiro, atualmente é considerada uma das mais importantes pinturas inglesas do século XIX, uma denúncia do holocausto negro, do sofrimento das travessias, na qual muitos morriam e os doentes eram jogados ao mar. Obra panfletária de liberdade e humanidade que fez o pintor ser acusado de insanidade (saiba mais).


O conto do realismo fantástico francês Horla, de Guy de Maupassant, outra obra inspiradora da coreografia, é sobre um ser espectral que transforma a vida de um homem, o levando a loucura (saiba mais).


A trilha sonora e a iluminação completam a atmosfera, em um trabalho denso, que traz incomodo e reflexão ao espectador mais atento, nessa obra que é um mergulho nas percepções, na dubiedade e nas incertezas, um convite para se desligar e sentir, com um resultado que funde bailarino, público, quadro, conto, música, luz e sombra.

Edson Beserra foi bailarino de grandes companhias de dança brasileiras, como o Grupo Corpo Cia de Dança (MG), Cia de Dança Débora Colker (RJ) e Quasar Cia de Dança (GO). Fundou há 10 anos o Composto de Ideias e atua como coreógrafo, professor, diretor e bailarino.


Edson Beserra: instagram

Canal de Edson Beserra: YouTube

Instagram do movimento: instagram

Cobertura do Festival neste blog: clique aqui

Ficha técnica do festival e programação completa: https://movimentoid.com.br/

Canal de transmissão do CCBB/DF: YouTube

Agradecimento: Max Lage

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Movimento Internacional de Dança 2021 (6ª edição) – CCBB/DF – De 07/set a 12/out/2021

 


Finalmente, após adiamentos devidos à pandemia, está sendo produzido na nossa Capital, o esperado Festival Internacional de Dança, o Movimento Internacional de Dança (MID), em sua 6ª Edição, com programação presencial e online, com apresentações, aulões de dança, oficinas e espetáculos nacionais e internacionais.

A mostra será composta de uma vasta programação, um verdadeiro palco sem fronteiras, com os mais diversos estilos de dança, democratizando o acesso à arte e promovendo integração, lema e ideal do Festival.

O movimento se dará no teatro e nos jardins do CCBB, de acordo com a programação (clique aqui), com apresentação de Camila Guerra e Leo Hernandes.


Na estreia, dia 07/09/2021, tivemos diversas atrações do Distrito Federal que se apresentaram para um público ávido pela dança. 

No Palco Aberto 1 se apresentaram as seguintes atrações:

Para assistir gravado no Youtube em até três dias: clique aqui

Corpus Entre Mundis (SEMUTSOC): uma bela dança cíclica sobre a vida e o ser humano como animal social, mostrando a força da Cultura Negra com sorriso no rosto, felicidade e muita ancestralidade, conectando a todos, tanto nos movimentos como no figurino.

Tudo é Pó (Rafael Quintas): coreografia sem regras, com liberdade para os dançarinos criarem, um experimento sobre a dança que se inspira no acaso da vida. Para conferir novamente ao vivo ou on line em 03/10/2021 no Palco Aberto 4.


Pesquisa continuada de queda e recuperação (Transposto Coreográfico):
inspirado em técnicas de artes marciais e dança de rua, mostra a leveza e a naturalidade das quedas e a forma como elas servem de impulso para resistir e reexistir.


Matrizes (FabGirl/BSBGIRLS): espetáculo que une a capoeira ao breaking, um encontro da ancestralidade com a modernidade, mostrando que as raízes comum de todos nós. Com dança de FabGirl e percussão ao vivo da Orquestra Nzinga.

Cinesia (Flyer Cia de Dança): coreografia física, marcante e sincronizada com velocidade e muito movimento. Para conferir novamente ao vivo ou on line em 19/09/2021 no Palco Aberto 3.

Na pegada popular, trecho do espetáculo Coração do Brasil (Transições Companhia de Dança e Artes): a companhia apresenta um trecho de seu espetáculo popular, mostrando danças populares e a força dos que fizeram Planaltina, uma homenagem à Cultura Nordestina Para conferir a apresentação completa nos dias 07 e 08/10/2021 no Teatro do CCBB ou em plataforma virtual.


O encerramento do primeiro dia se deu com um aulão de Dança de Charme com Petrônio Paixão (conheça).


Neste final de semana, 11 e 12/10/2021, se apresenta no Teatro CCBB, Edson Bezerra, com O Homem na Pracha
, que contará com a nossa crítica, além de outras apresentações que ocorrerão no Palco Aberto 2, que serão brevemente comentadas por aqui e um aulão de Jazz Funk com Diego Lemos. 



Sobre o espetáculo "O Homem na Prancha", de Edson Beserra: clique aqui

Instagram do movimento: @movimentoid

Ficha técnica do festival e programação completa: clique aqui

Canal de transmissão: clique aqui

Fotos: divulgação

Agradecimento: Max Lage

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Coração de Campanha (Clarice Niskier) - CCBB/DF - Em cartaz até 05/09/2021

Clarice Niskier apresenta sua mais nova obra, Coração de Campanha, comemorando 40 anos de carreira, criação gestada e produzida em tempos pandêmicos, uma bela homenagem ao Teatro, a Vida e ao Amor, que não importa o que acontecer irão sempre sobreviver e renascer.



Assunto delicado, a peça retrata um casal, com décadas de relacionamento, que, nas vésperas de uma separação de certa forma há muito ensaiada e tentada, busca terminar o casamento.

Ela com roupa de ficar, ele com roupa de ir, em fundo monocromático, com um cenário com duas cadeiras que se transformam, com a iluminação tratando divisões no palco. Até o talvez “cada um no seu quadrado”. Tudo serve como simbologia, de uma forma sútil e muito inteligente.


O espetáculo tem diálogos ágeis, mas também profundos, tocando em cada espectador, 
já que é impossível alguém não ter vivido o isolamento da pandemia, o tédio da quarentena e o natural desgaste nos relacionamentos. Tédio que não passou visitou a plateia em nenhum momento sequer. Destaque para a trilha sonora original, que imprime sua marca.


A química do casal impressiona, Clarice Niskier e Isio Ghelman, com direção dela e supervisão do mestre Amir Haddad, podendo ser extraído o melhor dois atores, que em uma atuação monumental rapidamente tomam a atenção do público, que se vê imerso naquele lugar tão familiar. Um casal tão antagônico que, embora em processo de separação, consegue trazer cooperação, diálogo, afeto, amizade, carinho, verdade.


Que peça linda e necessária para o momento de caos que atravessamos, como sociedade e como país, um contraponto ao ódio e à violência, ao bélico. Uma noite leve e profunda, um sonho e um sopro, um afago na alma e no coração de campanha aberto em cada um da plateia, que aplaudiu de pé por um longo tempo.

A pandemia não acabou, mas a Arte segue viva e pulsante, sempre em expansão!!! E como é bom ver o Teatro vivo, com toda sua força, longe das telas!!! Que a volta gradativa seja constante, por que, “todas as histórias de Amor vão sobreviver se o Teatro sobreviver”.

Ficha técnica: clique aqui

Fotos: Dalton Valério e divulgação

Instagram da peçaclique aqui

Agradecimento: Rodrigo Machado (Território Comunicação)

Em homenagem ao que vivi nesta noite maravilhosa, apresento um poema de minha autoria sobre essa Arte tão bela: clique aqui

Outro texto sobre a obra de Clarice Niskier publicado no blog, sobre a Peça "A Alma Imoral" (clique aqui).

sábado, 14 de agosto de 2021

O Pescador e a Estrela (Palavra Z Produções Culturais / Rio de Janeiro) – CCBB - DF

O Pescador e a Estrela é um musical infantojuvenil, com trilha sonora original e temática de inclusão, na qual Fabiandro (Lucas Drummond), um menino deficiente visual é guiado por um mensageiro pelicano em uma difícil jornada ao encontro do que mais ama, uma estrela, em um local muito distante.

O espetáculo, que tem origem em uma canção de Thiago Marinho, é de uma delicadeza ímpar, que atrai e emociona a plateia, com a sensibilidade necessária para nos encontrarmos com a nossa infância e com algo importante que não conseguimos mais enxergar, nos incentivando a desafiar nossas limitações e seguir em frente por nossos objetivos.


Somos recebidos pelo mensageiro, Felipe Rodrigues, ator e músico deficiente visual, que com seu carisma e talento nos ensina a parar, respirar fundo e pensar, perceber que do presente ninguém cai e que o mundo não é uma reta, nos mostrando, assim, que há diversos caminhos, mesmo que uma tempestade esteja vindo em nossa direção.


Felipe, que foi escolhido em um teste dentre 30 profissionais, é um artista gigante, com brilho próprio, que mesmo sem o sentido da visão, exerce com maestria a tarefa de guiar o protagonista na peça, em um belo trabalho, compensando essa ausência com a ampliação dos outros sentidos, também tocando teclado e cantando ao vivo.

   

O trabalho de voz e musical dos atores impressiona, destaque para a dupla Lucas Drummond e Luisa Vianna, que vive a boneca Hortênsia, que toma forma de menina para acompanhar Fabriando nessa odisseia, na qual viajamos juntos também, percorrendo os céus e mares da nossa imaginação. 


O humor da peça fica por conta do casal Prattes (Thiago Marinho e Diego de Abreu), piratas de primeira geração que não roubam, mas apenas se apropriam. Uma dupla impagável de vilões, com sua enciclopédia Prattes, que faz tudo o que pode para atribular a vida do nosso herói.

O texto de Lucas Drummond e Thiago Marinho é ágil e muito bem construído. O cenário lúdico e versátil, lembra um sonho, daqueles que muitas vezes tivemos quando criança, um universo em expansão, se complementando de forma orgânica com o belo figurino e a iluminação equilibrada.

A direção de Karen Acioly (saiba mais) é precisa, observada no andamento crescente da peça. A direção de movimento da peça é de Moira Braga (saiba mais), também uma artista deficiente visual, atriz e bailarina, sendo um dos fios condutores da peça, que tem muito de sua marca. Nos fazendo mais uma vez refletir sobre a necessidade de inclusão e da importância da representatividade para esta parcela da população.  


A peça que estreou pouco antes do início da pandemia e teve as apresentações suspensas, conseguiu se erguer e ser apresentada de forma presencial, sendo a primeira peça que assisto na retomada, depois de um longo inverno, mais um obstáculo pesado nessa guerra cultural desnecessária que estamos vivendo, na qual os artistas são os verdadeiros heróis e a arte será sempre a vencedora, não importando o que os vilões da vida real façam. Como foi belo ver as lágrimas dos artistas e do público, celebrando o retorno aos palcos em grande estilo e em toda a essência da arte, com todos os protocolos e cuidados.

A pandemia não acabou, mas a Arte segue viva e pulsante, sempre em expansão!!! E como é bom ver o Teatro vivo, com toda sua força, longe das telas!!! Como são importantes peças que ajudem a formar plateia, para que as novas gerações consigam crescer sob o manto da diversidade e da representatividade, sem dogmas, livres, solidários e responsáveis e, consequentemente, vacinados contra as artimanhas dos vilões da vida real!!!

 

A lição do Pelicano: clique aqui                     

Instagram do espetáculo: clique aqui      

          Fotos: divulgação 

          Agradecimentos: Rodrigo Machado (Território Cultural) e Ana Celina.

        

          Ficha técnica:

Elenco: Diego de Abreu, Felipe Rodrigues, Lucas Drummond, Luisa Vianna e Thiago Marinho

Direção: Karen Acioly

Direção de Movimento: Moira Braga

Direção de Produção: Bruno Mariozz

Texto e letras: Lucas Drummond e Thiago Marinho

Música e trilha sonora original: Wladimir Pinheiro

Figurino: Kika Lopes

Cenário: Doris Rollemberg

Iluminação: Renato Machado

Programação Visual: Patrícia Clarkson

Realização: Palavra Z Produções Culturais

Idealização: Nossa! Cia de Atores e Palavra Z Produções Culturais