sábado, 8 de janeiro de 2022

A Volta ao Mundo em 80 Dias – Solas de Vento (SP) – CCBB/DF

       


 Primeira parte da trilogia do “Viagens Extraordinárias”, do Grupo Solas de Vento, A Volta ao Mundo em 80 dias” é um espetáculo infanto juvenil, para todas as idades, com direção de Carla Candiotto, estrelado por Bruno Rudolf e Ricardo Rodrigues, baseado no clássico livro de Julio Verne, publicado em 1873 (https://www.ebiografia.com/julio_verne/).


A viagem que se inicia na Inglaterra, passa pela Itália, Egito, Índia, China, Japão e Estados Unidos, mostrando as aventuras e desventuras do Lorde Fogg (Ricardo Rodrigues) e seu dedicado assistente francês Passepartout (Bruno Rudolf) para completarem o trajeto no prazo calculado, 80 dias.


Os premiados artistas se desdobram entre as personagens principais e personagens periféricos, como o impagável vilão Mr. Fix, inventor de todas as formas de fazer as pessoas ficarem em casa, como o controle remoto e os streamings, o carismático carimbador de passaporte, além de personagens periféricos, em trocas tão rápidas quanto perfeitas, mantendo o ritmo das cenas, marcadas pelos elementos circenses, de dança e do teatro gestual, embora os diálogos sejam bastante consistentes e impulsionadores da história, que consegue manter o público atento e participativo na quase totalidade do tempo da peça.


O ponto alto do espetáculo é a criatividade e a forma como conduz o imaginário da plateia, que consegue ver trem, barco, elefante, riquixá e até mesmo montanhas com neve em uma cama com rodas, aros de bicicletas, bengala e sucatas, sugerindo como se pode sonhar e viajar, dar uma volta ao Mundo apenas com a imaginação, exatamente o que acontece em cena, criando espaços e lugares em um palco, como andar em cima de um elefante em pela Índia, andar de riquixá em Hong Kong ou até mesmo estar em alto-mar. 



Relevante também, a presença de câmeras ao vivo para projeção de imagens nas cenas, onde um simples disco em rotação vira um mar ou uma tempestade, servindo ainda para mostrar o roteiro desta incrível viagem, bem como captar os viajantes em seus transportes, em cenas dinâmicas que simulam a movimentação de forma bem real e inusitada. Chama atenção, também, o cuidadoso e delicado figurino.



Nunca se fez nada grande sem uma esperança exagerada”. Júlio Verne.


Até a próxima parada, Viagem ao Centro da Terra!!!

A pandemia não acabou, mas a Arte segue viva, pulsante, apesar de todas as perseguições que vem sofrendo, graças aos Artistas e profissionais da Cultura, que são gigantes, e ao público, que mais do que nunca, precisa lutar e exigir que o Teatro continue a existir.

Viva o Teatro!!!

Ficha técnica e programação: clique aqui

Solas de Vento: conheça aqui

Agradecimento: Rodrigo Machado (Território Comunicação)



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