Com muita alegria recebi o livro da contadora de histórias, poetisa e atriz Lucia Morais Tucuju, com ilustrações de Adilson Dias e prefácio de Daniel Munduruku, que destaca a ancestralidade na poesia, que somos partes de um todo e nos convida para pertencer e mergulhar, aproveitando cada detalhe da obra.
O tucumã é uma pequena fruta amazônica com uma polpa muito nutritiva e de alto valor energético, de suas folhas, os indígenas confeccionam cordas dos arcos, redes para pesca e rede de dormir, aproveita-se de sua madeira, de seu óleo e sua amêndoa (saiba mais).
Como um fruto a ser saboreado, Tucumã é uma obra dedicada aos povos originários, aos amigos e às crianças. Uma bela oportunidade para se embrenhar na Amazônia, conhecendo um pouco mais desse lugar mágico ou fazer quem já conhece relembrar momentos, cheiros e sensações, também para imaginar as experiências de quem vive ou viveu lá.
As ilustrações autorais de Adilson Dias são delicadas, bem cuidadas, emoldurando Tucumã. Nas linhas, entrelinhas e desenhos nos encontramos, percebendo que precisamos manter a ancestralidade acesa, viva, e tudo isso passa pela floresta e pelos povos originários que nela habitam. Segredos, espetáculos naturais, pequenas grandes alegrias, tristezas sendo curadas, lendas, lembranças, imagens, correntes de rios, pescarias, comidas, destino e o que mais couber, até a rasga mortalha e a Matinta Perera.
Um livro que mostra a importância da memória, da vida em harmonia e do respeito à mãe natureza, que passa por um momento delicado e que até Tupã está preocupado, mas os povos originários e os que os apoiam jamais perderão a esperança e a vontade de lutar. Assisti algumas lives e achei linda a abordagem da poetisa Lucia e sua sobrinha Sophia, dando mais uma dimensão do livro, que pode ser lido intimamente, baixinho, para fora ou declamado.
Onde comprar: https://www.livrariamaraca.com.br/produto/tucuma-lucia-morais-tucuju/
Por fim, faço uma singela poesia para homenagear a obra e seus artistas que conheci em Arandu, apresentado no CCBB-DF em 2019 (Arandu):
Histórias para se alimentar
Como não lembrar,
da indígena contando histórias com seu maracá
Aquele chocalhar que nos mexe por dentro e nos faz entrar nas lendas,
nos livros, no que está a contar
Arandu, Tucumã,
sabedoria e alimento popular
Materializados em peça, livro
Ancestralidade e infinito particular
Instagram:
@luciamoraistucuju
@adilsondiasartes
@danielmundurukuoficial
Tucumã abriu caminho para que minha mente viajasse por lugares encantados, onde sozinha nunca chegaria. Lucia Morais Tucuju descreve com delicadeza momentos e lugares que me trouxeram muita alegria. É um livro muito especial.
ResponderExcluirQue honra, Rodrigo Ferret fiquei muito feliz com sua crítica. Que lindo. Quantos agradecimentos tenho a você. Me emocionou.
ResponderExcluirTucumã me fez lembrar de coisas que nunca vi, mas que sempre imaginei através das falas de minha mãe e minha avó, como a casa de farinha e Matinta Pereira. A escrita delicada e envolvente dessa querida me emocionou!
ResponderExcluirSucesso , abotrordagem tão leve descrevendo Tucumán r outros. mto importante e conhecimento ancestralidade Indígena. Párabens, Sucesso
ResponderExcluirQue brilhante Lúcia! A literatura ganhou mais uma referência para apreciarmos histórias. Viva a literatura indígena! parabéns e muito sucesso!
ResponderExcluirLúcia Tucuju e uma grande guerreira que está representando nossa cultura através dos seus conto,uma mulher indígena que merece tudo de bom que está acontecendo em sua vida, muita gratiluz Rodrigo Ferret por dá esse espaço pra essa linda guerreira👏👏👏👏👏
ResponderExcluirLúcia Tucuju e uma grande guerreira que está representando nossa cultura através dos seus conto,uma mulher indígena que merece tudo de bom que está acontecendo em sua vida, muita gratiluz Rodrigo Ferret por dá esse espaço pra essa linda guerreira👏👏👏👏👏
ResponderExcluirWA'UKA Nukini
Nossa! Eu Desconhecia a importância do tucumã. É um fruto versátil como a autora. Já quero ler o livro e mergulhar nesse universo indígena. Obrigada pela dica.
ResponderExcluirMais um brilhante trabalho dessa artista multiculturalista indígena. Lucia Tucuju é uma apaixonada por suas raizes e não poupa criatividade para externar essa paixão por nossa ampla ancestralidade. Que maravilha!
ResponderExcluirLucia, Teu trabalho é resultado de pesquisa e dedicação! Sucesso sempre!!
ResponderExcluirUma obra maravilhosa. Já adquiri . Fará parte do projeto Quem conta um conto, tece um ponto. Viva a literatura!
ResponderExcluirEsse sei que é a Flavia Justen. Obrigada amore . 💘 😍
ExcluirUma obra maravilhosa. Já adquiri . Fará parte do projeto Quem conta um conto, tece um ponto. Viva a literatura!
ExcluirFlavia Dias Justen
E-mail flaviadjusten@hotmail.com
Já está na lista de livros. A gente tem esse vazio, essa angústia por ter ignorado a influência e a cultura dos povos originários. Sucesso!
ResponderExcluirLivro de leitura gostosa, nos faz mergulhar e sentir a cultura da Amazônia... Agora, só falta mesmo experimentar a Tucumã para uma experiência de imersão completa! Parabéns Lúcia Tucuju e Adilson Dias!
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