sábado, 14 de agosto de 2021

O Pescador e a Estrela (Palavra Z Produções Culturais / Rio de Janeiro) – CCBB - DF

O Pescador e a Estrela é um musical infantojuvenil, com trilha sonora original e temática de inclusão, na qual Fabiandro (Lucas Drummond), um menino deficiente visual é guiado por um mensageiro pelicano em uma difícil jornada ao encontro do que mais ama, uma estrela, em um local muito distante.

O espetáculo, que tem origem em uma canção de Thiago Marinho, é de uma delicadeza ímpar, que atrai e emociona a plateia, com a sensibilidade necessária para nos encontrarmos com a nossa infância e com algo importante que não conseguimos mais enxergar, nos incentivando a desafiar nossas limitações e seguir em frente por nossos objetivos.


Somos recebidos pelo mensageiro, Felipe Rodrigues, ator e músico deficiente visual, que com seu carisma e talento nos ensina a parar, respirar fundo e pensar, perceber que do presente ninguém cai e que o mundo não é uma reta, nos mostrando, assim, que há diversos caminhos, mesmo que uma tempestade esteja vindo em nossa direção.


Felipe, que foi escolhido em um teste dentre 30 profissionais, é um artista gigante, com brilho próprio, que mesmo sem o sentido da visão, exerce com maestria a tarefa de guiar o protagonista na peça, em um belo trabalho, compensando essa ausência com a ampliação dos outros sentidos, também tocando teclado e cantando ao vivo.

   

O trabalho de voz e musical dos atores impressiona, destaque para a dupla Lucas Drummond e Luisa Vianna, que vive a boneca Hortênsia, que toma forma de menina para acompanhar Fabriando nessa odisseia, na qual viajamos juntos também, percorrendo os céus e mares da nossa imaginação. 


O humor da peça fica por conta do casal Prattes (Thiago Marinho e Diego de Abreu), piratas de primeira geração que não roubam, mas apenas se apropriam. Uma dupla impagável de vilões, com sua enciclopédia Prattes, que faz tudo o que pode para atribular a vida do nosso herói.

O texto de Lucas Drummond e Thiago Marinho é ágil e muito bem construído. O cenário lúdico e versátil, lembra um sonho, daqueles que muitas vezes tivemos quando criança, um universo em expansão, se complementando de forma orgânica com o belo figurino e a iluminação equilibrada.

A direção de Karen Acioly (saiba mais) é precisa, observada no andamento crescente da peça. A direção de movimento da peça é de Moira Braga (saiba mais), também uma artista deficiente visual, atriz e bailarina, sendo um dos fios condutores da peça, que tem muito de sua marca. Nos fazendo mais uma vez refletir sobre a necessidade de inclusão e da importância da representatividade para esta parcela da população.  


A peça que estreou pouco antes do início da pandemia e teve as apresentações suspensas, conseguiu se erguer e ser apresentada de forma presencial, sendo a primeira peça que assisto na retomada, depois de um longo inverno, mais um obstáculo pesado nessa guerra cultural desnecessária que estamos vivendo, na qual os artistas são os verdadeiros heróis e a arte será sempre a vencedora, não importando o que os vilões da vida real façam. Como foi belo ver as lágrimas dos artistas e do público, celebrando o retorno aos palcos em grande estilo e em toda a essência da arte, com todos os protocolos e cuidados.

A pandemia não acabou, mas a Arte segue viva e pulsante, sempre em expansão!!! E como é bom ver o Teatro vivo, com toda sua força, longe das telas!!! Como são importantes peças que ajudem a formar plateia, para que as novas gerações consigam crescer sob o manto da diversidade e da representatividade, sem dogmas, livres, solidários e responsáveis e, consequentemente, vacinados contra as artimanhas dos vilões da vida real!!!

 

A lição do Pelicano: clique aqui                     

Instagram do espetáculo: clique aqui      

          Fotos: divulgação 

          Agradecimentos: Rodrigo Machado (Território Cultural) e Ana Celina.

        

          Ficha técnica:

Elenco: Diego de Abreu, Felipe Rodrigues, Lucas Drummond, Luisa Vianna e Thiago Marinho

Direção: Karen Acioly

Direção de Movimento: Moira Braga

Direção de Produção: Bruno Mariozz

Texto e letras: Lucas Drummond e Thiago Marinho

Música e trilha sonora original: Wladimir Pinheiro

Figurino: Kika Lopes

Cenário: Doris Rollemberg

Iluminação: Renato Machado

Programação Visual: Patrícia Clarkson

Realização: Palavra Z Produções Culturais

Idealização: Nossa! Cia de Atores e Palavra Z Produções Culturais



quinta-feira, 8 de julho de 2021

Projeto de Reciclagem e Qualificação dos Formadores de circo no DF



    O Crítica em Cena por Rodrigo Ferret divulga a abertura das inscrições para o Curso gratuito de Reciclagem e Qualificação dos Formadores de Circo no DF. Este curso pretende agir na formação de novos professores e instrutores de circo no Distrito Federal e na reciclagem de profissionais que já se encontram no mercado de trabalho e não possuem instrução formal na área. 


    Haverá um aprofundamento em conteúdos de extrema importância: pedagógicos, recreativos, sociais, artísticos, cinesiológicos, anatômicos, éticos, de segurança do trabalho, do trato com alunos e de mercado do ensino das atividades circenses.


    Ao reciclar professores que já se encontram no mercado de trabalho e qualificar futuros professores de circo do DF evitamos lesões, traumas físicos e psicológicos, oferecemos ambiente seguro, acolhedor, inclusivo, ético e que promova o bem-estar e a cidadania através da arte.


    O curso contará com 78 horas aula práticas e mais 90 horas de conteúdo à distância totalizando 168 horas de aula ao longo de 6 meses.


    Esta formação é promovida pela ASCETUR, OSCIP que atua nas áreas de cultura, esporte, lazer e educação, conjuntamente com o grupo Trupe de Argonautas e convidados, profissionais de circo e educação física de Brasília, Goiânia e Campinas. O curso conta em sua equipe pedagógica com mestrandos, especialistas, graduados, técnicos e bacharéis que atuam na área circense por mais de 10 anos.


    Realização: ASCETUR e Trupe de Argonautas


    Este projeto é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do DF


    Apoio: Espaço PÉ DiReitO e Santo Rímel


    Inscrições até o dia 17/07/2021 às 18:00, via link na bio do Instagram da Trupe de Argonautas @trupedeargonautas ou link abaixo:

    Inscreva-se aqui


    Serão selecionados 15 alunos ao todo, mediante preenchimento de formulário e carta de intenção.


    O projeto ocorrerá presencialmente no Espaço PÉ DiReito, localizado na Vila Telebrasília, rua 1 lote 23, no período: de 24/07/2021 à 06/11/2021

sábado, 8 de maio de 2021

Uma Peça para Salvar o Mundo – Satyros Digital – Transmitido em 08/05/2021

Em tempos pandêmicos e sombrios, estamos diante de telas, assistindo peças, sendo peças. Tempo de seres humanos robotizados e máquinas humanizadas, aqui estamos, tentando salvar o mundo através da Arte. Uma proposta ousada e desafiadora. É possível?

Concebido originalmente para o teatro tradicional, presencial, o espetáculo se reinventou para as telas, ampliando a interatividade, pela facilidade das plataformas virtuais e a possibilidade de alcance nacional, um grande ponto de encontro de Brasis, diverso, global.

Uma peça sem atores, feita pelo público e para o público, movida pela plateia, conduzida por um mestre de cerimônia bastante curioso, que faz milhões de combinações e operações por segundo para entender como nos ajudar, mas que se pudesse seria humano para experimentar nossas sensações nesta noite de conexão tão mágica e ter o privilégio de acessar momentos e emoções vividos.

Em meio a esperança e desesperança, amor e ódio, avanços e retrocessos, afeto e solidão, coragem e medo, alegria e dor, a máquina nos une e nos ouve, preparando o caminho para essa viagem empática e coletiva, mesmo que algumas vezes ela tenha bastante dificuldade, como por exemplo, quando precisa processar nossos conflitos ou decifrar os códigos de poesia. Nem as máquinas são perfeitas.

O espetáculo é uma grata surpresa, participamos de uma noite amorosa, acolhedora, com desconhecidos especiais, o que mostra a necessidade de se relacionar, mesmo que a distância, bem como a necessidade de algumas vezes se jogar no abismo, como a companhia Satyros e o ator Thiago Mendonça fizeram, mergulhando neste experimento que transcende o virtual.

Sim, é possível, mesmo que não seja.


Ficha Técnica: clique aqui

Ingressos gratuitos ou colaborativos: Sympla

Em cartaz até o dia 17/05/2021

Fotos: divulgação

Sobre o grupo: Satyros

Instagram: ossatyros



A Lupa


Muita coisa se amplia no meio pandemia

A dor

O luto

A luta

A desilusão

A desigualdade

A falta de oportunidade

O preconceito

Tudo já estava aqui, mas algo invisível serviu como uma lupa

Tudo já estava aqui e continua sendo invisível para os que não querem enxergar 


Rodrigo Ferret - 03/07/2020


sexta-feira, 7 de maio de 2021

Hannah Arendt, Uma Aula Magna – Eduardo Wotzik (Rio de Janeiro) – Transmitido em 01/05/2021

 

       Um monólogo, uma pensadora genial, uma das mais influentes escritoras de Teoria Política do século XX, Hannah Arendt (saiba mais).

Foi a segunda vez que estive diante dela, a primeira no ensaio aberto, em novembro de 2019, no Teatro Brasília Shopping.  Foi um ensaio muito interessante, que deu mostras da potência que seria o espetáculo do premiado ator, diretor e dramaturgo Eduardo Wotzik (saiba mais). 

A obra estava prestes a estrear em 2020, mas no meio do caminho tinha uma pandemia e a Arte precisava se reinventar. E aqui estamos, em 2021, vendo nossa musa na tela de um computador, com a esperança de poder revê-la novamente em breve em um palco.

Com seu humor peculiar, Hannah chama atenção deste mundo cínico contando algumas histórias que a primeira vista parecem simples, mas são profundas, sobre este mesmo mundo de pessoas de pequenas éticas e etiquetas, onde homens simples e comuns são capazes de cometer as maiores barbáries.

Como é bom poder ouvi-la, nos fazendo refletir e pensar, principalmente educando, em uma aula, em meio a algumas quebras da parede virtual, a exercitarmos o tão importante pensamento crítico, o que nos distingue dos demais animais.

Em sua luta eterna contra a banalidade do mal, surge a esperança em cada nascimento. Um novo ciclo. E aqui estamos, renovando o mundo, evoluindo na diversidade e na adversidade, nos adaptando a este mundo, como a Arte também vai se adaptando.

E assim como ela chega, ela se vai, mas permanecendo dentro de nós, seres humanos, seres políticos, semeando o pensar, o pertencimento, a educação e a cidadania, que saímos da aula maiores do que entramos.

    
   Do ensaio aberto ao virtual, "Hannah Arendt, uma Aula Magna" foi mais uma vez uma experiência enriquecedora, é sempre muito bom ver este grande artista em cena. 

Ficha técnica: clique aqui

Fotos: Divulgação 

Instagram: @wotzik


Vivemos tempos sombrios, onde as piores pessoas perderam o medo e as melhores perderam a esperança.” (Hannah Arendt)



Viva a Arte!

Viva a Diversidade!

Viva o Estado Laico!


Agora


Agora somos todos quase iguais

Reduzidos a olhos sem rosto

Sorrindo ou chorando apenas com o olhar

Que mais que antes precisam se fitar


Agora o vento não bate mais em todo rosto

Há saudades do que parecia não ter valor

O simples virou luxo

E o luxo ficou obsoleto


Agora não há novo normal

Há uma realidade

E um novo mundo implora para nascer

Daquele que está morrendo


Rodrigo Ferret  - 29/07/2020

sexta-feira, 30 de abril de 2021

Terra Plana, uma distopia virtual – Casa Ferreiro Companhia de Teatro – Dramaturgia, Direção Geral e Edição: Bruno Estrela (Brasília) – Transmitido em 30/04/2021 (Ao Vivo)

“Deus te ama e tem algo reservado para você”, com este breve recado se inicia o experimento cênico Terra Plana, uma distopia virtual, que transita pelo teatro, pelo cinema, pela interatividade e, principalmente, pela estranha realidade contemporânea, que a cada dia bate mais forte na nossa porta, ou melhor, na nossa cara.

Você está preparado para viver sob as regras vigilantes de um Estado terraplanista, autoritário, heteronormativo, negacionista, onipresente, com poucas distrações, sem arte, cinza, mas com deus acima de todos?

Bem-vindos, neste espetáculo você poderá desfrutar do prazer de ser um cidadão de bem, bem escroto, bem idiota, apoiador do regime, que decidirá o destino de seres miseráveis, condenados pelos mais diversos motivos.

Como é engraçado viver um lugar tão divertido, onde execuções são comemoradas em programas de TV e podemos rir sem reservas, sem receio do politicamente correto daqueles esquerdistas de tempos de outrora, hoje mera resistência ao poder constituído na Terra Plana, onde se julgam os destinos, sem qualquer proporcionalidade, ampla defesa e contraditório, onde provas são apenas obstáculos desnecessários para prender os indesejáveis e qualquer acusação de racismo, violência contra a mulher, homofobia, transfobia entre outras não passa de puro mimimi.

Terra Plana, uma distopia virtual é uma bela crítica social interativa, que quebra a quarta parede virtual, nos trazendo um incômodo, uma certa vergonha, testando o que nos resta de humanidade e empatia.

Com referências a “Fahrenheit 451” (saiba mais) e “1984” (saiba mais), o espetáculo, que foi idealizado antes da pandemia e teve que se reinventar para o mundo virtual, consegue prender o espectador do início ao fim, fazendo-o se sentir no lugar das personagens e, também, do público do insano reality show, que traz a redenção de um dos condenados, uma mostra da nossa sociedade do confronto, na qual tudo se torna uma disputa.

As atuações foram firmes e seguras, com brilho em muitos momentos, bastante convincentes, causando no público uma mistura de sensações, entre elas, compaixão, raiva, nojo, empatia, como se pode perceber no bate-papo ao final da apresentação, um trabalho forte com um resultado interessante.

Tecnicamente, o experimento está muito bem montado e adaptado para o mundo virtual, neste momento tão difícil para os artistas. A direção e a edição dos vídeos estão excelentes, não havendo em nenhum momento falhas que deixem o público na dúvida daquele pequeno recorte da realidade ou que o façam deixar de perquirir o que estão vivenciando. Tomara que em breve possamos assistir essa peça em um palco, com ar do teatro, com a luz cênica, com toda aquela atmosfera magnífica.


Ficha técnica e ingressos: clique aqui 

Fotos: Casa de Ferreiro

Por fim, como não se emocionar com a homenagem a eterna e saudosa Marizilda Dias Rosa, falecida em abril/2021, vítima do genocídio que estamos presenciando todos os dias, artista parceira da Companhia, uma atriz incrível e inesquecível, o sorriso mais lindo que já se viu e a pessoa que deixava qualquer um que convivesse com ela com a alma leve depois de uma simples conversa, uma das pessoas mais especiais que tive a honra, a sorte, a alegria e o orgulho de ter sido amigo.

 


Viva a Arte!

Viva a Diversidade!

Viva o Estado Laico!

Viva o Teatro!

Viva a Poesia!

  

Tempo do óbvio

 (https://poesiasentipensante.blogspot.com/2021/02/tempo-do-obvio.html)

Hoje é tempo de discutir o óbvio

É tempo de defender a compaixão, a empatia, a equidade

É tempo de defender a cultura, a educação, a saúde

 

Hoje é tempo de discutir o óbvio

É tempo de defender que não é mais possível viver olhando só para si

É tempo de defender que os direitos humanos não são apenas para alguns humanos

 

Hoje é tempo de discutir o óbvio

É tempo de defender que um futuro só é possível, olhando o passado

É tempo de defender que um futuro só é possível, corrigindo o presente

 

Tudo isso é óbvio?

 

Rodrigo Ferret – 22/06/2020

domingo, 7 de março de 2021

Brasil: Versão Brasileira – Pigmalião Escultura que Mexe – Transmitido em março/2021

                                             

               Recebi um convite despretensioso para assistir a uma peça de boneco. Um artista me  procurou, dizendo que se lembrava de ter lido sobre um escrito meu sobre uma peça que ele tinha participado e perguntou se eu poderia assistir Brasil: Versão Brasileira, do Grupo Pigmalião Escultura que Mexe. Mal sabia, que estava diante de uma experiência incrível, mesmo com todas as limitações de ver um espetáculo diante de uma tela, emocionante, reflexiva, não um tapa na cara, para acordar, mas uma verdadeira chacoalhada, que nos revolve neste momento que estamos vivendo neste país, que a cada dia tem se tornado pesado e difícil.


               Concebida inicialmente para uma apresentação na França em novembro/2018, a peça se tratava de uma exposição de um bonequeiro expondo as suas contradições de brasileiro a uma plateia francesa. Um latino americano no meio de colonizadores. Em 2021, em plena pandemia, no epicentro, o desafio seria outro, atualizar o espetáculo, apresentando as nossas contradições para nós mesmos, os brasileiros.

                    Como bonequeiro, Eduardo Félix não se apresentaria em carne e osso, mas por meio de um boneco de madeira e fios, que impressiona pela semelhança, expressão, emoção e realidade que transmite as ideias de seu criador e em cima de madeira, como um barco que atravessa o oceano com medo do mar, mas sem medo da madeira sob seus pés, o grupo navega por nossa história, desse estupro gigante que nascemos, nesse país do futuro do pretérito no qual as pessoas sabem o que é ser carvão para queimar e que não se manipulam apenas bonecos, onde dançamos alegres a música mais triste, nos perguntando rindo por fora e chorando por dentro: quando isso tudo vai mudar?

                  A peça traz conceitos históricos baseados em uma vasta bibliografia de autores importantes que se debruçaram a escrever sobre nosso país: Carolina de Jesus, Oswaldo de Andrade, Abdias Nascimento, Eduardo Galeano, Darcy Ribeiro, Milton Santos, Paulo Freire, Silvio Almeida entre outros, além de ser claramente observada, no decorrer da apresentação, uma forte pesquisa historiográfica sobre as mais diversas fontes, para dar voz ao boneco que pergunta quem deveria estar escutando o que ele tem para falar, pergunta complexa neste momento tão estranho que as verdades foram substituídas por opiniões terceirizadas, onde se impedem sem crime, condenam sem provas, executam sem disfarçar: seja por asfixia, fome ou tiro.

             A fotografia, o audiovisual e a trilha sonora da peça simplesmente nos fazem esquecer por algum momento que estamos em casa, em uma tela, assistindo a peça, em um momento mágico, que nos faz lembrar a importância da arte e dos artistas, que dão vida aos sonhos, verdadeiros alquimistas, não nos deixando esquecer quem somos. Espero muito assistir esse espetáculo ao vivo e sentir todas as emoções que ele pode proporcionar.

              Por fim, sugiro um estudo na melhoria da mixagem em alguns momentos, que embora seja uma cara opção a sobreposição de áudio, que funciona muito bem, em outros traz uma pequena confusão. Também sugiro não colocar o curta antes da apresentação, em que pese ser tão especial, pela força da peça, bem como, se possível, ter um making-of ao final.

                Agradecimento: Daniel Ferreira

                Ficha técnica: clique aqui

                Fotos: (https://www.pigmaliao.com/).