terça-feira, 29 de outubro de 2024

Agora Inês é Morta – Teatro Brasília Shopping


    A batalha entre a paixão e a política. Um Reino preservado por uma cabeça. Portugal e Castela. Sentimentos esmagados. O Amor eternizado em uma linda e trágica história psicografada por Chico Xavier e livremente adaptada da obra Mensagens de Ignes de Castro. Uma montagem que nos apresenta a interação de personagens históricos em planos espiritual e real, em meio às intrigas da Corte.

    A peça tem como mérito contar de forma leve e bem-humorada uma história medieval e complexa pela multiplicidade de personagens e momentos; principalmente, o uso de adereços específicos para cada personagem, uma solução cênica interessante. Assim acompanhamos, a saga de Inês e Pedro; ela, oriunda de Castela (Espanha), dama de companhia da primeira esposa dele; ele, herdeiro do Trono Português, futuro Rei. Uma paixão imensa que transborda e ameaça os interesses de Dom Afonso IV. Ela, decapitada pelo Rei; ele, futuro Rei; a coroação da Rainha Morta. 

    Inspirado na Doutrina Espírita e na História, o espetáculo é fruto de pesquisa de campo em Portugal e de leituras Bocage, Camões e Chico Xavier; e Portugal medieval se traduz em cena, tanto no texto, quanto no figurino e na trilha sonora original; com camadas espirituais, históricas e poéticas, dando sentido ao ditado popular e, também, ao que é universal do ser humano. Com pegada minimalista, a direção é de Adriana Nunes, protagonista, acompanhada de André Deca e Rosanna Viegas, que se revezam em múltiplos personagens. 

    A peça pode ser vista por vários ângulos, não precisando acreditar em vida após a morte ou entender de História para que se extraia o melhor, bastando estar atento, para ser um observador da luta de uma paixão, como muitas que se desenrolam no dia a dia, algumas florescem e outras são sufocadas e decapitadas, mas nenhuma delas deixou de existir. 


    A peça segue, após a temporada de Brasília, para o Teatro Clara Nunes (Shopping da Gávea, Rio de Janeiro). Clique aqui


   Ficha técnica: clique aqui

    Instagram: @agorainesemorta

    Fotos: divulgação

    Agradecimento: Renata Rezende (Teatro Brasília Shopping)

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Operilda cai no Choro – CCBB Brasília/DF

    O Rio montado em Brasília, um espetáculo que infantil que mostra a nossa história e nos convida a sair do celular para deixar de olhar para uma tela e olhar para nós mesmos. Um paralelo entre a história do Brasil e, mais especificamente, do Rio de Janeiro com a história de um dos gêneros musicais mais genuínos; de um Brasil que resistiu ao Brazil.


    O Choro, que nasceu da precariedade a que as classes menos privilegiadas sempre foram destinadas, que com ritmos e instrumentos africanos e europeus aqui e ali, foram sendo incorporados nos terreiros e quintais, da Pequena África carioca, que viu uma avenida passar por cima sem perguntar. Uma história de desenvolvimento de uma cidade que nunca se preocupou com as pessoas, que descartadas eram expulsas do centro e empurradas para cima ou para longe; um Brasil que até hoje resiste ao Brazil.

    O espetáculo conta e canta o Choro, de forma sublime; rapidamente o público se sente imerso em Música, Teatro e curiosidades históricas, em uma atmosfera que abarca todos os presentes independente da faixa etária, é uma viagem lúdica e cuidadosa, que dá ao público uma sensação de se conhecer mais e de se conectar ao que somos nessa magia do fazer Teatro; um Brasil que precisa resistir ao Brazil.


    Um dos maiores méritos da peça, é mostrar, principalmente às crianças, que é divertido e importante conhecer de onde viemos, o que somos; mostrar que o Teatro é um Templo do pensar e isso começa desde cedo, um espelho imerso de Som e de Tempo. E, assim, caímos no Choro, contemplativos e emocionados, alimentados de Arte; um Brasil que vai resistir ao Brazil.

    Para contar e cantar o Choro, Operilda (Andréa Bassitt, atriz e dramaturga) conta com a ajuda dos Chorildos, uma banda de músicos fenomenais: Andréa Bassitt (Operilda), Chico Macedo (sax, flauta e clarineta), Deni Domenico (cavaquinho e bandolim), Helô Ferreira (violão de 7 cordas) e Nelson Essi (percussão). A direção precisa é de Regina Galdino e a direção musical é de Chico Macedo,  que parecem cuidar de cada detalhe para a que tudo no palco flua como um Choro. 



Ficha técnica: clique aqui

Fotos: divulgação

Agradecimento: Rodrigo Machado (Território Comunicação)

domingo, 6 de outubro de 2024

In on it – Teatro Royal Tulip – Brasília/DF


        Teatro! Vivo e Intenso! Dois atores, duas cadeiras e luz! Um texto repleto de metatexto! De Teatro dentro de Teatro dentro de Teatro! Não se pode perder dez segundos! Não se pode piscar! Cada detalhe é crucial para o próximo detalhe que é crucial para o próximo detalhe! Não se deve estar no centro do círculo ou não enxergará o todo.

        Com texto do dramaturgo canadense Daniel MacIvor, dirigida por Enrique Diaz e contracenada por Emílio de Mello e Fernando Eiras, In on it retorna aos palcos 15 anos depois do sucesso, um espetáculo que celebra a profundidade e densidade das relações em três realidades/ficções que se tangenciam.

        O que parece simples: Dois personagens montando uma peça escrita por um deles ao mesmo tempo que falam de seu passado. Peça, espetáculo e passado. Tudo em In on it. O que não parece simples: estarem todas as camadas do ser humano contemporâneo presentes ali. Tudo em In on it. Coisas que acontecem por que foram planejadas e simplesmente acontecem, coisas que chegam sem avisar e mudam nossas vidas. Coisas que criamos e coisas que nos chegam e precisamos dar sentido. Tudo em In on it. O drama, o humor, o lirismo, a vida e a morte. Tudo em In on it. Muitas coisas ... 

        A atuação tem muita naturalidade e dinamismo; além do talento e currículo indiscutível dos dois atores, há sinergia e sincronismo elevados, ambos estão sempre prontos para tudo em todas as cenas. A direção de Enrique Diaz é visível e notável, podendo se perceber nos detalhes; a energia da peça permanece alta no início ao fim, não há espaços vazios em cena, nem momentos descartáveis.

        Talvez seja difícil dimensionar a potência do jogo mental presenciado. Desde o início, há um arco sendo tensionado e uma flecha de palavras puxada para trás para atingir em cheio o espectador, que, incauto, não sabe o tamanho do impacto que o aguarda se conseguir se entregar. 



Sigam firmes em seus barcos de concreto!




        Ficha técnica: clique aqui

        Fotos: divulgação

    Agradecimentos: Rodrigo Machado (Território Comunicação) e André Deca (Deca Produções). 

 



terça-feira, 1 de outubro de 2024

Dicas de Teatro em Brasília, Outubro/2024

 

Teatro Brasília Shopping
02/10 a 07/11/2024 (Quartas e Quintas)





Vinicius
 Teatro Mapati
04 e 05/10/2024




 Sesc 504 Sul - Alberto Vilardo, Teatro Ary Barroso
04/10/2024




Teatro Engrenagem
04 a 06/10/2024





Teatro Royal Tulip
05 a 06/10/2024




Escola Parque 308 Sul
05 e 06/10/2024




Sombrio
Espaço Multicultural Casa dos Quatro
05, 06, 12 e 13/10/2024




Sesc Estação 504 Sul 
05/10/2024



Espaço Cultural Renato Russo, Brasília - DF
10 a 13/10/2024 e 31/10/2024 
e
Teatro de Sobradinho, Brasília - DF

Crítica




Teatro Newton Rossi - SESC
21/10/2024




Teatro da UNIP
26 e 27/10/2024


 Teatro Newton Rossi - SESC
27/10/2024



Parceiros:



Pedidos, dicas, patrocínios e sugestões:
WhatsApp: 61-982465903

domingo, 29 de setembro de 2024

O Que Só Sabemos Juntos – Tony Ramos e Denise Fraga - Teatro Planalto (Centro de Convenções Ulysses Guimarães – Brasília/DF


    A Arte do Encontro. O Teatro. Escutar. Sentir. Estar presente. Viver vidas inteiras em momentos efêmeros, saborear cada segundo. O Teatro. A Arte do Encontro. Tony Ramos e Denise Fraga recebem o público em casa, apertando a mão, conversando no olho, em uma peça que já se inicia antes terceiro sinal. Enquanto o público se acomoda, é acolhido, ouvido, matéria-prima do que está por vir.

    O Que Só Sabemos Juntos é uma celebração ao coletivo, que tira o espectador da comodidade para misturar suas histórias às histórias que estão andando por aí; nós, que não somos números; nós, que somos feitos de história; histórias que viajam no tempo e em lugares distantes, mas que se conectam. Assim, a peça se fixa nas nossas casas e lugares imaginários para chegar até as questões urgentes e coletivas, em uma interação que abrange cidadania e diálogo com a Arte e os Artistas, umas das funções da Arte do Encontro. O Teatro.

    A Banda de Jazz composta por mulheres improvisa como um ótimo jazz e Tony e Denise tocam a linha base da peça, um casal de professores de Arte, improvisando e pintando uma obra por sessão, em uma peça que não se repete. Tony é daqueles atores que você observa cada detalhe, cada gesto, cada fala. Denise é daquelas grandes atrizes ávidas por experimentar o palco e se jogar para que o público se alimente, uma atriz que trilha o caminho dos saltimbancos e vai deixando sua marca em nosso imaginário e afeto cultural.

    O texto da peça se sustenta em grande parte no talento e grandiosidade dos atores, recorrendo algumas vezes a clássicos do Teatro e da Poesia. É um privilégio ver e escutar Tony Ramos citando Tio Vânia de Tchekhov, questionando o que deixaremos para as próximas gerações; aqueles que virão daqui a cem ou duzentos anos. 


    Antes, perto de mim, na plateia, Tony disse algo que me tocou logo após apertarmos a mão, vamos fazer Arte enquanto estivermos ainda por aqui; de fato não estaremos daqui a cem ou duzentos anos, mas o que deixaremos para as próximas gerações? Pensamentos urgentes; ainda mais urgentes quando se vê um sol vermelho em um céu cinza como em Fim de Partida de Beckett ou quando se vê todos os dias notícias de mulheres sendo assassinadas por serem mulheres. Nos desculpem!


    A Arte do Encontro celebra a Vida, celebra estarmos aqui, vivos, existindo; uma experiência, uma festa, uma provocação; o Teatro que escuta e devolve sentimentos e emoções: é O Que Só Sabemos Juntos. 


    Ficha técnica:

    Idealização e Criação: Denise Fraga, José Maria e Luiz Villaça 

    Com Denise Fraga e Tony Ramos

    Direção Geral: Luiz Villaça

    Direção de Produção: José Maria

    Texto: Denise Fraga, Luiz Villaça e Vinicius Calderoni

    Dramaturgia: Kenia Dias, Denise Fraga, Luiz Villaça, Vinicius Calderoni, Tony Ramos e José Maria

    Direção de Movimento: Kenia Dias

    Assistência de Dramaturgia e do Diretor: Fluiz e Luiza Aron

    Contrarregra e camareira: Cristiane Ferreira

    Assistente de produção: Leonardo Shammah 

    Direção Musical, arranjos e preparação vocal: Fernanda Maia

    Musicistas: Ana Rodrigues, Clara Bastos, Priscila Brigante, Vanessa Larissa e Taís Cavalcanti

    Sound designer: João Baracho

    Sound designer associado e operador de som: Carlos Henrique

    Técnicos de som: Luca Moreli e Gabriel Fernandes da Silva

    Luz: Wagner Antônio

    Assistência de iluminação e Programação de Luz: Dimitri Luppi e Ricardo Barbosa 

    Operador de luz: Ricardo Barbosa e Michelle Bezerra

    Cenografia: Duda Arruk

    Assistência de cenografia: Olívia Chimenti

    Cenotécnicos: Alexander Peixoto, Douglas André Caldas, Diego Tadeu Caldas, Victor Santos Silva, Eduardo da Cruz Ferreira, Gonçalo Severino Neres

    Técnico de Palco e Maquinaria: Alexander Peixoto e Gonçalo Severino Neres

    Transporte: Edmilson Ferreira da Silva

    Figurinos: Verônica Julian

    Desenvolvimento e Modelagem: Edson Honda 

    Assistência de figurino: Alice Leão

    Costureiras: Salete André e Judite Lima

    Programação visual: Guime Davidson e Phillipe Marks

    Fotos de cena: Cacá Bernardes | Bruta Flor

    Assessoria de Imprensa Porto Alegre: Bruna Paulin | Assessoria de Flor em Flor

    Redes sociais: @DeniseFragaOficial

    Roteiro de Audiodescrição: Márcia Caspary e Bell Machado 

    Consultoria Audiodescrição: Aline Borges

    Intérpretes em Libras: Maísa Ferreira Buldrini, Alice Stephanie Ramos, Karoline Amparo Fernandes e Camila Ramos Milan | Libras sem fronteiras

    Produção executiva: Adriana Tavares e Juliana Borges

    Diretora de fotografia: Elisa Mendes

    Operadora de câmera: Giovanna Gil

    Assistente de câmera: Gabriel Henrique

    Técnico de som: Vicente Lacerda

    Montador: Guili Minkovicius

    Administração financeira: Evandro Fernandes 

    Coprodução: Café Royal

    Realização: NIA Teatro


    Fotos: divulgação


    Agradecimento: Carla Spegiorin (Âncora Comunicação

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

O Caso – Teatro da UNIP – Brasília/DF

    Tudo chato! Insuportavelmente chato! E divertido! Paradoxalmente divertido extrair risos da chatice, um chato que acha tudo chato; mas todos estão lá, em uma identificação imediata, rindo e se divertindo, se reconhecendo em catarse coletiva.


    Em O Caso presenciamos, em tempo real, uma sessão de psicanálise de um homem cansado de tudo, que há três anos só consegue achar tudo muito chato, está a beira da depressão e precisa deixar de sofrer por se chatear. Ao mesmo tempo, que vemos a terapeuta, ávida pesquisadora, tentando diagnosticar o paciente e resolver aquele caso tão diverso. 


    Um assunto difícil que vai se apresentando leve em cena, com os atores Otávio Muller e  Letícia Isnard afiados no tempo de comédia e no ritmo dos diálogos, em um texto veloz que consegue atrair e iludir o espectador. Adaptado do texto original francês, a peça se inspira no mito de Sísifo, com nosso herói rolando a chateação eternamente, universal; a vida é dura, mas às vezes o que nos resta é rir; alívio.

    Tecnicamente, a peça funciona bem, destaque para o cenário, que é simples e possui algo sui generis: as paredes do consultório são de papelão, algo que só é percebido na luz natural, ao fim do espetáculo, como nossos defeitos e nossas necessidades de buscar ajuda.

  

  Sigamos rolando nossas chatices, como Sísifo, mas rindo!


    Ficha técnica:

    Texto: Jacques Mougenot

    Tradução: Marilu de Seixas Corrêa

    Direção: Fernando Philbert

    Elenco: Otávio Muller e Letícia Isnard

    Cenografia: Natalia Lana

    Figurino: Carol Lobato

    Iluminação: Vilmar Olos

    Trilha Original: Francisco Gil - Gilsons

    Arte Gráfica: @orlatoons

    Direção de Produção: Carlos Grun

    Uma produção Bem Legal Produções

    Produção em Brasília: DECA Produções

    Patrocínio: Colombo Agroindustria

    Patrocínio Local: Brasal

    Fotos: divulgação


    Agradecimentos: Rodrigo Machado (Território Comunicação) e André Deca (Deca Produções). 


quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Lua Tu És Meu Sol - Espaço Multicultural Casa dos Quatro, Brasília – DF

    Uma família, uma casa, com alegrias e dificuldades, sentimentos presos em um passado terrível, vítimas da ditadura militar, perseguidos por fugirem à norma social imposta, Alano (Tullio Guimarães) e Lola (Maria Léo Araruna) um pai e uma filha, um homem gay e uma mulher trans, encastelados, na busca pela sobrevivência e por um brilho e uma luz a mais. Uma peça multicolorida, diversa, com público diverso, mostrando em cena a luta diária por dignidade e saúde mental.

    
    O texto do chileno Yovanne Monetta foi dado em mãos ao ator Tullio Guimarães, para que o montasse; e, com as voltas da vida, foi adaptado, para que chegasse ao público no formato que está apresentado. Como Antígona, Alano busca por décadas enterrar seu morto, mas não tem sucesso na busca do corpo de seu namorado, um desaparecido político, com essa emoção represada, sua filha, uma mulher que já teve seu passado de glória, passa os dias em casa, fechada ao mundo, tentando mudar a energia do local, junto com suas bonecas, que são amigas confidentes, mas também tem pouco sucesso.


    A peça transita entre o humor divertido ao trágico, com delicadeza poética, entre música, literatura e vinhos mostrando a difícil e ao mesmo tempo linda relação entre pai e filha, que sempre que podem se refugiam em reinos como o de Netuno, ou se transmutam em lagartas e borboletas, mergulham e voam. Enquanto Lola espera, Alano vai aos poucos deixando as multicores de seu figurino, o transformando em algo que ficará imortalizado e disponível a todos, na eterna brevidade do Teatro. 

   Tullio Guimarães e Maria Léo Araruna conseguem conduzir o público nessa viagem, mostrando a afetividade entre pai e filha, amigos, uma família. Tullio Guimarães é um ícone do nosso Teatro, um artista que cuja vida se confunde com a própria arte, como bem contou na peça que celebrou 35 anos de carreira: Volver Letícia. Maria Léo Araruna é uma atriz e escritora, que vem trilhando e consolidando seu caminho com trabalhos muito importantes e representativos, como seu solo Transmitologia


    História da montagem: clique aqui



    Ficha técnica: 

    Direção: Ana Flávia Garcia 

    Dramaturgia: Yovanne Monetta com adaptação de Ana Flávia Garcia 

    Elenco: Maria Léo Araruna (Lola) e Tullio Guimarães (Alano)

    Encenação: Ana Flávia Garcia e Nine Ribeiro 

    Cenografia: Nine Ribeiro 

    Som e luz: Josias Silva

    Figurino: Ana Flávia Garcia

    Elaboração, Produção Executiva e Coordenação Geral: Mari Baeta/Maribá Produções

    Coordenação de Produção: Rui Miranda / Casa dos Quatro

    Fotografia: Irina Buss 

    Arte e design: Franq 

    Coordenação de Acessibilidade: Luérgio de Sousa

    Intérprete de Libras: Flávia Novaes

    Tradução do texto: Patrícia Onofre 

    Imprensa e Redes Sociais: Ana Elisa Santana


    Agradecimento: Rui Miranda